A Prática da Consciência na Respiração

Vendo a prática em perspectiva

Diane, uma de minhas alunas, relatou o seguinte: “Esta manhã não foi tão fácil eu me concentrar; tive que exercer um esforço maior para me manter no caminho certo. Eu lidei com a situação facilmente, percebendo que eu estava mais distraída e tomando consciência de que daria um pouco mais de trabalho eu me manter atenta. Não julguei a mim mesma, nem temi que minha prática estivesse entrando em colapso; apenas reconheci que não era um dos meus melhores dias e segui adiante a partir daí”.

A sua prática de meditação sempre terá altos e baixos. Isso é inevitável no desenvolvimento de qualquer habilidade. Haverá dias bons e dias ruins e, no início, tanto as experiências boas como as más parecem acontecer por acaso, como se fossem presentes, bem-vindos ou não, dos deuses. No início isso pode ser desanimador. Você pode achar que está indo muito bem, a sua meditação no dia anterior pode ter sido muito calma e agradável, e eis que hoje você se vê lutando para conseguir contar até três e sentindo que tudo isso é inútil.

A maneira de Diane lidar com suas dificuldades é exemplar. Ao invés de ficar perdida em estados distraídos e reativos de autopiedade ou medo, ela simplesmente observou o que estava acontecendo, percebendo que as condições de sua mente, por qualquer motivo, haviam mudado, e que o tipo de esforço necessário também teria que mudar. A mudança é inevitável. A vida nos oferece esse desafio. E não nos traz nada de útil lamentar pelo inevitável ou brigar contra a mudança. Temos que aprender a incluir a mudança, aceitar que é uma parte de nossas vidas e depois responder tão criativamente quanto possível: sem condenação, sem auto-recriminação. Apenas um senso de paciência para trabalhar com tudo o que aparecer.

Conforme prosseguiu Diane: “Creio que recebo o bom e o ruim, talvez com mais consciência de meu estado mental, seja ele qual for. Lembro-me de ser especialmente gentil comigo mesma; o “mau” não é realmente diferente do “bom”, ele apenas é. A meditação é, acima de tudo, a arte de lidar com o que é.